Aulas em ambiente virtual para manter o semestre em dia. Home office. Várias plataformas com cursos on-line gratuitos. Para curtir um pouco, que tal uma Live? Pode ser também um streaming para relaxar. E, claro, chamada de vídeo para matar saudade. Em tempos de distanciamento social, todas as nossas atividades estão sendo mediadas pela internet. Já era de se esperar que o consumo de internet crescesse nesse momento.
Para o professor Fabrício Oliveira, coordenador do curso de Sistema de Informação do Centro Universitário UniFTC de Feira de Santana e gestor do programa de inovação da Rede UniFTC, a internet será cada vez mais acionada – mesmo por aqueles que, até outro dia, criticavam o uso abusivo das redes. “Agora, estamos sendo forçados a nos comportar de forma diferente. Você vê pessoas que não faziam uso da tecnologia obrigadas a usar, para fazer contato com outras. É um boom. A gente só precisa se educar a ela”.
Além do aumento de 40% no tráfego, as operadoras vêm observando uma mudança no perfil de consumo. Se antes, o número de pessoas usando a internet reduzia ao final do dia, a noite se tornou o horário mais concorrido. De acordo com as companhias telefônicas, os picos de acesso chegam a ser 15% maiores agora.
A recomendação da Anatel é que os provedores de internet no Brasil aumentem a capacidade fornecida aos seus clientes. Em posicionamento conjunto, as companhias garantiram a continuidade da conectividade. Especialistas explicam que, apesar de alguns aplicativos e serviços ficarem indisponíveis em horários de pico, a Rede Mundial de Computadores em si é muito mais robusta e seria necessária uma sobrecarga de 150% a 200% para “quebrar a internet”.
O professor Fabrício aposta, na verdade, que este momento pode servir para melhorar o cenário brasileiro que, para ele, é atrasado em relação às tecnologias. “O que a gente precisa fazer agora – e isso cabe a todos os setores – é: temos o dever de tornar a tecnologia inclusiva, porque ela tem o poder de transformar. Então, todos precisam ter acesso. A maior lição é essa”.
Fuja do congestionamento e avalie sua internet
Enquanto a melhoria da malha de internet não chega para todos, é preciso pensar em estratégias para o melhor uso das ferramentas. Uma opção é buscar, no seu município, quais são os horários mais congestionados e tentar acessar em outros momentos. Também é importante saber como anda a qualidade da internet que seu provedor entrega.
A qualidade da internet é medida a partir da velocidade que ela pode alcançar, sendo que conexões mais lentas podem afetar a navegação e utilização da rede. Para assistir aulas on-line, o mínimo de velocidade que os especialistas sugerem é 5Mbps (5 Megabit por segundo). Velocidades abaixo desse valor, provavelmente, provocarão lentidão e perdas de qualidade.
Siga o passo a passo e confira se a internet do seu smartphone alcança essa velocidade mínima!
- Acesse a loja de aplicativos do seu smartphone e procure por “speed test”
- Depois de baixado, o aplicativo vai te pedir permissão para acessar algumas informações – pode liberar!
- Acesso liberado, agora inicie o teste clicando em <iniciar>
- Na primeira etapa do teste, o aplicativo irá medir a velocidade de “Download” que dirá se a velocidade que você está usando é suficiente para assistir uma aula. Aguarde…
- Na segunda etapa, o aplicativo irá medir a velocidade de “Upload”. Esta medição dirá se a velocidade é suficiente para, por exemplo, carregar um documento de Word para o ambiente de aprendizado. Nesse ponto, não precisamos de uma internet super potente! A única questão é que, quanto mais rápida for sua internet, mais rápido o arquivo será carregado.
- Teste finalizado! Agora você já pode confirmar se o problema de acesso está na sua internet ou não.
Lembrando que a velocidade diagnosticada pelo teste pode ser diferente da que você contratou. Entre em contato com a sua operadora se tiver qualquer dúvida!